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Dia Mundial da Fisioterapia: Dor Lombar

O tema deste ano do Dia Mundial da Fisioterapia, que se celebra dia 8 de Setembro, é a dor lombar.

 
A dor lombar pode se estender entre a região lombar, glútea, anca e coxa. Esta é das condições que mais incapacidade funcional gera e em 2020 afetou 1 em cada 13 pessoas. É muito frequente e até 2050 haverá uma tendência crescente, um aumento de 60% face a 1990! No entanto, e apesar de muitas vezes parecer assustador, a dor lombar raramente é uma condição séria e 90% das pessoas recupera na totalidade com pouco ou nenhum tratamento sendo que apenas uma minoria fica com dor persistente, presente por mais de 3 meses.
 
 

Sabia que…

  • Não há postura perfeita! Variar as posturas ao longo do dia é benéfico para a lombar
  • Fazer muitos exercícios de fortalecimento do core não o protegem mais do que o exercício físico geral. Exercite-se da forma que mais lhe agrada e de forma consistente e progressiva
  • A coluna é robusta e deve ser exposta a exercícios de carga gradual, o que contribui para melhorar a sua funcionalidade;

A abordagem à Dor Lombar passa por educar o paciente munindo-o de estratégias para que consiga lidar e superar aquele e futuros episódios, dar estratégias para facilitar a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e ativos (como controlar o peso e deixar de fumar que são fatores de risco para a condição), melhorar o sono e gerir stress e, quando necessário, tomar, controladamente, anti-inflamatórios não esteróides para gestão de sintomas.

No entanto, o exercício supervisionado pelo Fisioterapeuta para recuperar força e capacidade aeróbia parece ser uma das melhores estratégias porque:

  • Ajuda a reduzir a probabilidade de voltar a ter dor;
  • A exposição gradual ao exercício facilita a mover-se com mais confiança e aumentará a amplitude de movimento

Deve ser feito exercício que lhe dê alegria, que se encaixe na rotina do dia-a-dia e de forma regular, desde caminhada, Pilates, Ginásio, Dança, Yoga… A maioria dos episódios de dor lombar são resolvidos favoravelmente, mas há sinais que deveremos ter em atenção que podem indicar a necessidade de cuidados diferenciados, como: dor mantida por mais de 6 semanas mesmo que não impacte o dia a dia, não conseguir urinar, ter mais de 50 anos com historial de cancro e surgimento da dor sem razão aparente, entre outros.

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