Tendinopatia Patelar

O joelho é uma articulação complexa, mas bem estruturada. Consegue suportar elevadas cargas que nos permitem andar, saltar de várias alturas e diferentes comprimentos e ainda correr pequenas a longas distâncias. 

No entanto, apesar de ser uma articulação com esta capacidade de absorver e transmitir cargas, por vezes ocorrem lesões que nos limitam a realização de atividades que gostamos ou necessitamos.

O que é a Tendinopatia Patelar?

Uma destas lesões é a tendinopatia patelar, que se identifica por diagnóstico clínico e se caracteriza pela presença de dor focal e bem localizada na região inferior da patela (ou rótula). A dor aumenta após atividade física com aumento de carga e alivia quando a pessoa está em descanso.

Segundo os trabalhos científicos mais recentes, a estrutura do tendão e as queixas do utente não se podem correlacionar diretamente, já que a dor ocorre na presença de patologia do tendão, mas pode existir patologia do tendão e não surgir dor.

Através destes dados, percebemos que na maior parte das situações não são necessários exames imagiológicos para confirmar o diagnóstico. Como em todas as patologias, a tendinopatia patelar também acomete maioritariamente algumas pessoas que têm fatores de risco intrínsecos como doenças inflamatórias, diabetes, hiperlipidémia e/ou fatores de risco extrínsecos relacionados essencialmente com a gestão da carga de treino. 

Tratamento

O tratamento da tendinopatia patelar deve ser feito com o aconselhamento de um fisioterapeuta de forma a melhorar a condição e a atingir os objetivos definidos entre o utente e o fisioterapeuta.

Por vezes, e dependendo de vários fatores que condicionam a evolução do tratamento (condição física, gestão da carga, estilo de vida, confiança e disponibilidade para tratamento, entre outros), a resolução da tendinopatia patelar pode durar 12 semanas, já tem que obedecer a uma progressão de exercícios e respetiva adaptação do corpo a esses estímulos. 

Se experiencia este tipo de dor, que consegue identificar com 1 ou 2 dedos abaixo da rótula e que associa ao aumento da atividade física (essencialmente após salto, corrida ou exercícios como agachamento, leg extension), deve procurar um fisioterapeuta – de forma a ser feito um diagnóstico correto – e receber o aconselhamento adequado em relação à gestão da condição patológica. 

Texto da autoria do Fisioterapeuta Luis Correia.

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