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Rutura muscular – lesões dos isquiotibiais
As lesões dos isquiotibiais são comuns na população atlética e têm uma alta taxa de recorrência. Esta alta taxa de recidivas representa um desafio para a medicina desportiva e apresenta grande impacto para os atletas.
O objetivo do tratamento é proporcionar ao atleta o mesmo nível funcional anterior à lesão (ou melhor), que o atleta retorne à atividade com um risco mínimo de recidiva. Desta forma, a reabilitação funcional é muito importante para o sucesso do tratamento.
Abordagem terapêutica
Atualmente, utilizam‐se várias modalidades terapêuticas de acordo com o estágio da lesão. O Fisioterapeuta tem conhecimento como decorre o processo de cicatrização e usa as abordagens terapêuticas no período apropriado, para conduzir de uma forma adequada a reabilitação.
Os fatores de riscos propostos para as lesões dos isquiotibiais são classificados em modificáveis e não modificáveis.
Fatores de risco modificáveis
Os fatores modificáveis são os desequilíbrios musculares, que incluem a relação de força do quadríceps e dos isquiotibiais do mesmo membro e a relação bilateral dos isquiotibiais.
Outro fator é a fadiga muscular, já que estudos demonstraram que a incidência de lesões dos isquiotibiais apresenta uma maior taxa nos últimos estágios de partidas e treinos competitivos, quando a musculatura está num nível alto de fadiga.
O déficit de flexibilidade dos isquiotibiais também é considerado um fator de risco.
Fatores de risco não modificáveis
Em relação aos fatores de risco não modificáveis, destaca‐se o facto de o atleta ter um histórico de lesões prévias dos isquiotibiais, que é considerado por muitos autores como o principal fator de risco para lesão muscular dos isquiotibiais.
Durante o processo de reabilitação é importante o fisioterapeuta identificar esses factores para que o retorno do atleta seja mais eficaz.
Por meio de uma avaliação física completa e da identificação do mecanismo de lesão e dos fatores de risco, o fisioterapeuta pode determinar o tratamento mais apropriado e individualizado.
A reabilitação adequada deve abordar déficits de força muscular, flexibilidade, controle neuromuscular, estabilidade lombo-pélvica e fortalecimento excêntrico, uma vez que estes tenham sido mostrados como importantes objetivos terapêuticos para obter um retorno bem‐sucedido do atleta à atividade e com menor risco de recidivas.
Texto da autoria da Fisioterapeuta Patrícia Mendes.
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