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O que é a COVID Longa?

COVID Longa é um termo que ainda não reúne consenso pois designamo-nos a uma síndrome nova, mas foi definida preliminarmente como a presença de sinais e sintomas que se desenvolvem durante ou após uma infeção por COVID-19, que se prolonga por 12 ou mais semanas.

A COVID-19 é tipicamente designada como aguda até às 4 semanas e como sub-aguda das 4 às 12 semanas.

A COVID Longa é comum?

1 em cada 10 pessoas apresentará sintomas por um período de 12 semanas ou mais;

  • Muitas pessoas que vivem com a doença estavam previamente em forma e eram saudáveis.
  • As crianças experienciam os sintomas da COVID Longa de forma similar aos adultos e com aproximadamente a mesma frequência.

A COVID Longa afeta as pessoas que estiveram hospitalizadas com COVID-19 aguda e as pessoas que recuperaram em casa. As pessoas que experienciaram COVID-19 leve ou grave podem ter sintomas prolongados ou desenvolver COVID Longa.

Sintomas mais comuns após 6 meses:

  • exaustão extrema (fadiga);
  • exacerbação dos sintomas pós-esforço (ESPE);
  • problemas de memória e concentração (névoa mental).

Outros sintomas comuns:

  • falta de ar;
  • dor ou aperto no peito;
  • dificuldade em dormir (insónia).

Intervenção da Fisioterapia em quadros de COVID Longa:

A Fisioterapia pode auxiliar os doentes com COVID Longa procurando restabelecer os níveis de atividade e funcionalidade pré-infeção de uma forma conservadora, ritmo apropriado e seguro.

Os fisioterapeutas através de um conjunto de estratégias, como monitorização da frequência cardíaca e com um programa de reabilitação que preveja progressão nas tarefas executada.

Há uma forte componente educacional a considerar na abordagem desta condição e o fisioterapeuta deve consciencializar a pessoa que acompanha para:

  • conhecer o seu ‘reservatório de energia’, ou seja, que nível de energia tem para encarar as tarefas do seu dia-a-dia e entender como isso pode ser padronizado para os restantes dias sem incorrer numa exacerbação de sintomas pós-esforço;
  • planear as atividades estabelecendo as prioridades, estabelecer um ritmo para as fazer e reserva um tempo e espaço para atividades que gerem prazer e satisfação na sua realização;
  • aprender a descansar entre atividades.

No seguimento deste tema, convidamo-lo a saber mais sobre a relação entre a inatividade física e a COVID-19.

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