António Gaspar > A relação entre o treino de força dos músculos flexores cervicais e dor cervical inespecífica persistente

A relação entre o treino de força dos músculos flexores cervicais e dor cervical inespecífica persistente

A dor cervical afeta, ou pode afetar uma vez na vida, 70% das pessoas. Este quadro pode ser associado a um conjunto de fatores como manutenção de posições por longos períodos, movimentos repetitivos, predisposição genética, encurtamento muscular e falta de resistência muscular, entre outros. Este quadro está associado ao consumo de medicação, absentismo laboral, perda de capacidade funcional e perda de qualidade de vida. 

Tem havido estudos que orientam para a importância do treino, com recurso a biofeeback de pressão, quer na ótica da ativação quer no fortalecimento, dos músculos flexores profundos da cervical como forma de diminuir a dor do pescoço e da cabeça, não como forma de correção da anteriorização da cabeça. Desta forma, integrado num plano de recuperação, onde fazem parte as técnicas de terapia manual, de controlo da sintomatologia álgica, educação e exercício, o treino dos flexores profundos da cervical, com foco especial no controlo motor, com recurso a biofeedback de pressão durante seis semanas parece ser uma mais-valia na manutenção da mobilidade do pescoço e resistência muscular em pessoas com dor cervical persistente.  

Referências bibliográficas 

Ashfaq, R., & Riaz, H. (2021). Effect of Pressure biofeedback training on deep cervical flexors endurance in patients with mechanical neck pain: A randomized controlled trial. Pakistan journal of medical sciences, 37(2), 550–555. https://doi.org/10.12669/pjms.37.2.2343  

Kang D. Y. (2015). Deep cervical flexor training with a pressure biofeedback unit is an effective method for maintaining neck mobility and muscular endurance in college students with forward head posture. Journal of physical therapy science, 27(10), 3207–3210. https://doi.org/10.1589/jpts.27.3207