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Saúde Mental, Exercício Físico e Sono
A Tríade Essencial para o Bem-Estar
A saúde mental, exercício físico e o sono formam uma tríade essencial para o bem-estar global, influenciando tanto o equilíbrio emocional como a recuperação física. A prática regular de atividade física é uma das estratégias mais eficazes para melhorar o estado psicológico, contribuindo para a redução do stress, da ansiedade e de sintomas depressivos. Durante o exercício, o corpo liberta serotonina e endorfinas, neurotransmissores associados a sentimentos de bem-estar, aumento da vitalidade e motivação no dia a dia. Mais importante do que a intensidade é a consistência: treinos moderados, realizados de forma regular, têm efeitos duradouros na saúde mental.
O Papel do Sono na Saúde e no Equilíbrio Emocional
O sono desempenha um papel fundamental neste equilíbrio. Durante o descanso noturno, ocorrem processos de reparação celular e recuperação muscular essenciais após o esforço físico. Paralelamente, o sono profundo consolida aprendizagens motoras e favorece a evolução do desempenho físico. Do ponto de vista emocional, o sono atua como regulador, ajudando o cérebro a processar experiências e estabilizar o humor. Quando dormimos bem, o organismo torna-se mais resiliente ao stress. Quando o sono é insuficiente ou de má qualidade, aumenta a vulnerabilidade a ansiedade, irritabilidade e sintomas depressivos.
Esta relação é bidirecional: perturbações de saúde mental, como ansiedade ou depressão, podem causar insónias, despertares noturnos ou sono pouco reparador. Cria um ciclo negativo que prejudica não só o equilíbrio psicológico, mas também a capacidade de recuperação física. Dormir pouco ou mal afeta a resposta imunitária, aumenta a perceção de dor e retarda a cicatrização. Já um sono adequado potencia os efeitos da reabilitação física.
Saúde Mental na Recuperação Física: Motivação e Confiança como Aliadas da Reabilitação
Durante o processo de recuperação de uma lesão, a saúde mental assume um papel determinante na adesão ao tratamento, na confiança no progresso e na perceção de capacidade funcional. Fatores como motivação, autoconfiança, medo do movimento ou crença de incapacidade podem acelerar ou atrasar significativamente a reabilitação. Nesta fase, o Fisioterapeuta, pela sua proximidade diária com o paciente, encontra-se numa posição privilegiada. Reconhece sinais como linguagem catastrofista (“nunca mais vou recuperar”), resistência ao movimento por medo de dor, postura de desânimo ou relato de esforço desajustado face ao desempenho real.
Embora estes sinais não indiquem necessariamente uma patologia de saúde mental, revelam que a componente psicológica pode estar a influenciar negativamente o processo de recuperação. Reconhecer estas manifestações permite ajustar a comunicação, adaptar objetivos e, sempre que necessário, encaminhar para apoio especializado, promovendo uma reabilitação mais eficaz e centrada na pessoa.
Em suma, alinhar saúde mental, exercício físico e sono reforça a tríade essencial para o bem-estar e contribui para uma recuperação mais eficaz e um estilo de vida equilibrado.
Escrito por Psicólogo Rui Pereira, inscrito nº 133806 na Ordem dos Psicólogos.